O texto, que possui o título acima, de Lúcia Santaella descreve a influência que os meios têm sobre a cultura social, e sobre a estrutura social como um todo.
Esses meios não necessariamente parte da expressão conhecida como “estrutura midiática”, que Santaella diz ser muito genérica, pois abrange mídia como um todo. A palavra meio neste caso significa todo tipo de meio que gera uma mensagem e que, portanto, ajuda na formação da cultura oral, seguida da cultura escrita, da cultura impressa, da cultura de massas, da cultura das mídias e da cultura digital. Assim, o meio se torna um mero canal por onde é transmitida uma mensagem que pode propiciar o surgimento de novos ambientes socioculturais. Contudo, o surgimento de novos meios faz com que se inicie um processo de complexificação, quando a nova forma comunicativa e cultural se integra a anterior e assim por diante, fazendo com que a cultura fique sob o domínio da forma de comunicação mais recente. Daí percebemos que a cultura se comporta com um organismo vivo com altos e rápidos poderes de adaptação.
Contudo, o leitor deve estar se perguntando onde é que os comerciais, mais especificamente os trailers, se encaixam neste processo. É que neste processo de novas tecnologias e linguagens faz a mídia multiplicar fontes e mensagens e então, nos arrancaram da inércia da recepção de mensagens impostas e nos treinaram para buscar informações e entretenimentos que sirvam a nossa vontade, nasce, aí, a escolha pelo consumo individualizado e a audiência se torna mais seletiva também.
Portanto, quando falamos de trailers falamos de um formato de propaganda que ajuda a divulgar um meio maior e que recebe muito mais investimento, contudo, em momento algum o trailer impõe o produto final, o filme, ao espectador, ele apenas exibe cenas que podem ser encontradas nos filmes e cabe, então, ao espectador decidir se aquele produto se encaixa em seu gosto individual.
Ana Luiza Casali
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