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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Boas visitas

Todos os blogs recomendados aqui são relacionados ao tema COMUNICAÇÃO, os quatro primeiros tem como intuito manter os leitores, e a nós mesmas, informados sobre os lançamentos, últimos acontecimentos e auxiliar na seleção dos filmes e trailers que compõem o nosso blog.


Já os quatro últimos blogs, embora também relacionados a outros campos da comunicação, e na maioria com o cinema diretamente, possuem temas mais expressivos e que se aproximam mais do gosto das PIPOCAS AMARGAS.

O blog http://itshowtimefolks.wordpress.com/ nos chamou a atenção por ter como tema especifico os musicais, considerando que não é comum a existência de blogs que discorram somente sobre este tema, resolvemos recomendá-lo ao leitor.

O http://www.connectedppl.blogspot.com/ tem uma visão critica sobre temas atuais, e mais especificamente sobre a interferência das tecnologias digitais no ‘real’ relacionamento entre as pessoas.

O http://mixtape-seguindoatrilha.blogspot.com/, embora não tenha uma visão profissional sobre o tema, expressam por meio do blog sua paixão pela parte sonora dos filmes.

E, por fim, o blog http://cinedacasa.wordpress.com/ valoriza o cinema nacional desde o princípio, além disso, um dos únicos blogs de cinema que não é tomado pelos filmes da indústria internacional.

Pode confiar,

PIPOCAS AMARGAS.

domingo, 29 de agosto de 2010

Os Trailers também têm making off

Alguns DVDs, quando são distribuídos nas lojas e vídeo –locadoras, têm inseridos, além do filme, fotos de seus cartazes, seus trailers e seus making off. O Making off nada mais é do que as gravação dos bastidores do filme durante toda a sua produção -- uma forma de tentar saciar a curiosidade humana, e fornecer no DVD mais material que nos convença a comprá-lo. Nesse vídeo aparece grande parte dos profissionais por trás das grandes produções, nós já sabemos quem eles são: diretores, produtores, cinegrafistas, atores... Ufa, a sétima arte é mesmo um exemplo da serialização!

Mas raramente uma pessoa saberá responder quem é o profissional responsável por criar os trailers. Afinal, existe um profissional específico para a execução desses pequenos vídeos, tão importantes para a divulgação dos filmes?

Sim, existem! Os trailers são como mini-filmes independentes que requerem sua própria trilha sonora, narração e seu próprio roteiro. Logo, possuem também sua própria equipe de elaboração, que pode trabalhar em cima dele durante meses. Esses realizadores costumam manter uma conversa com o produtor e diretor do filme, para que possam ser capazes de extrair da película seus elementos essenciais, como falas ou trechos que chamem a atenção dos espectadores. Segundo Mondrala, como é conhecido o produtor chefe da produtora de trailers norte americana Ant Farm (http://www.theantfarm.net) -- em reportagem à NY Times Magazine – “os diretores não podem ser, sozinhos, os responsáveis pela produção dos trailers de seus próprios filmes, pois são muito apegados a todos os trechos de sua obra”.

Cameron Diaz em "O Amor Não Tira Férias" ("The Holiday", EUA, 2006), no qual ela encena uma produtora de trailers.

Quando bem elaborados, os trailers conseguem atingir pelo menos 25% do público ao qual se destinam. Dos 35 milhões de dólares, em média, que são investidos no marketing dos longas-metragens de alto orçamento, cerca de 250 a 750 mil dólares são reservados para esses mini-vídeos, segundo os especialistas consultados pela NY Times Magazine. Isso nos EUA, é claro. Lá existem empresas especializadas na criação dos trailers: são as produtoras de trailers. Uma das maiores e mais conhecidas – preferida de Hollywood -- é a Magic Box Music (http://www.magicboxmusic.com), que fez os trailers de “Transformers”, “Homem Aranha 3”, “Piratas do Caribe 3”, além de toda a série “Harry Potter”, por exemplo.

Estúdio da produtora norte americana de trailers Magic Box Music

No Brasil, infelizmente, não podemos dizer que fazemos parte dessa mesma realidade. Normalmente as próprias produtoras dos filmes se encarregam dos trailers. Porém aqui também há algumas empresas produtoras de trailers, como a recentemente inaugurada Movie Trailer (http://www.movietrailer.net.br), responsável pela divulgação do filme “5 Vezes Favela”.

Vitória C. Jabur

PALESTRA

CONVERSAS NO CINEMA

Com

LUCIA SANTAELLA
(filmes: ‘Blade runner’; ‘Paris, Texas’; ‘Matrix’).

Dia: 31/08/2010   Horário: 9:30 hrs

Local: PUC-SP, campus Monte Alegre. Auditório Paulo Freire – TUCA.

Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do pós-humano

O texto, que possui o título acima, de Lúcia Santaella descreve a influência que os meios têm sobre a cultura social, e sobre a estrutura social como um todo.
Esses meios não necessariamente parte da expressão conhecida como “estrutura midiática”, que Santaella diz ser muito genérica, pois abrange mídia como um todo. A palavra meio neste caso significa todo tipo de meio que gera uma mensagem e que, portanto, ajuda na formação da cultura oral, seguida da cultura escrita, da cultura impressa, da cultura de massas, da cultura das mídias e da cultura digital. Assim, o meio se torna um mero canal por onde é transmitida uma mensagem que pode propiciar o surgimento de novos ambientes socioculturais. Contudo, o surgimento de novos meios faz com que se inicie um processo de complexificação, quando a nova forma comunicativa e cultural se integra a anterior e assim por diante, fazendo com que a cultura fique sob o domínio da forma de comunicação mais recente. Daí percebemos que a cultura se comporta com um organismo vivo com altos e rápidos poderes de adaptação.

Contudo, o leitor deve estar se perguntando onde é que os comerciais, mais especificamente os trailers, se encaixam neste processo. É que neste processo de novas tecnologias e linguagens faz a mídia multiplicar fontes e mensagens e então, nos arrancaram da inércia da recepção de mensagens impostas e nos treinaram para buscar informações e entretenimentos que sirvam a nossa vontade, nasce, aí, a escolha pelo consumo individualizado e a audiência se torna mais seletiva também.

Portanto, quando falamos de trailers falamos de um formato de propaganda que ajuda a divulgar um meio maior e que recebe muito mais investimento, contudo, em momento algum o trailer impõe o produto final, o filme, ao espectador, ele apenas exibe cenas que podem ser encontradas nos filmes e cabe, então, ao espectador decidir se aquele produto se encaixa em seu gosto individual.


Ana Luiza Casali

domingo, 15 de agosto de 2010

Filosofia da Caixa Preta

Desde o início da produção dos trailers -- que data do ano de 1912, com a série "What Happened to Mary?" (EUA), de Charles Brabin (produzida nos estúdios de Thomas Edison), como mostra o documentário "Coming Attractions: The History of the Movie Trailers" (EUA, 2006) – duas coisas não costumam mudar: 1) as produções são exibidas anteriormente à película que o espectador optou por assistir na sala do cinema, e 2) o intuito é fazer um breve resumo da sequência dos filmes (não necessariamente seguindo a mesma ordem de imagens que será apresentada originalmente). O objetivo é, nesse caso, apenas um: aguçar em quem assiste a vontade de conhecer mais essas outras histórias.

Essa maneira pela qual buscamos conceituar os trailers também representa o padrão ao qual estão submetidas as produtoras. Elas enxergam no trailer uma forma de divulgar seus filmes para o público. Tal estratégia, como qualquer outro tipo de publicidade, também está sujeita a gerar resultado contrário ao esperado, fazendo com que muitas vezes o público, no ato de assistir a determinados trailers, imediatamente passe a não admirar seus respectivos filmes. Muitas vezes o espectador vê o trailer antes mesmo de ler a sinopse referente ao mesmo, recebendo a ideia geral do filme num “pré-conceito” mal construído.

Por isso, é preciso, mais do que tudo, capacidade de síntese para poder transmitir a essência do filme num pequeno intervalo (geralmente de 30 segundos a 2 minutos e meio) que desperte a atenção do espectador dentre toda a enxurrada de trailers que é posta para ele na tela. Para não nadar e morrer na praia, depois de uma produção cinematográfica que demanda um montante de capital, os produtores temem ultrapassar as barreiras do modelo clássico de trailer com medo de serem mal recebidos pelo público a que se destina. Essa dificuldade de fugir da práxis ocorre em todas as esferas artísticas, como a discutida por Vilém Flusser, por exemplo, na fotografia, em seu livro Filosofia da Caixa Preta.

Tomando a teoria de Flusser e ampliando-a para todo o universo das imagens, fica simples explicar porque essa reação ocorre. Basicamente, Flusser teoriza sobre a dificuldade do fotógrafo (produtor de imagens) de construir uma imagem que fuja dos modelos pré-concebidos pelo software, pois o programa já vem inserido nos aparelhos (máquinas fotográficas, câmeras de vídeo, computadores, etc).

Segundo o autor, para que consigamos quebrar o padrão e alcançar a verdadeira liberdade de criação devemos “jogar contra o aparelho”. Isso se faz possível a partir do momento em que conhecemos a fundo todo o funcionamento do programa, e então nos tornamos capazes de ultrapassar suas barreiras e branquear a caixa-preta (nome dado por Flusser ao sistema que opera os aparelhos).

Um trailer que é capaz de cumprir com o seu papel, ou seja, divulgar a ideia original de um filme e, ao mesmo tempo, atrair seu público sem ser transmitido da forma padrão, é um vídeo que consegue quebrar com o modelo programado. É o caso do trailer do longa-metragem espanhol de terror REC (2007). Se assistimos ou não ao filme, se o trailer é “legal” ou não, tudo isso não vem ao caso. O interessante é como ele nos chama a assistir sem sequer nos mostrar uma imagem da película. Ele busca nos convencer a ver o filme através da exibição das verdadeiras sensações de quem já o assistiu na sala do cinema. São imagens de espectadores sentados em uma sala do Festival de Sitges (Festival de Cinema Fantástico da Catalunha, Espanha), em que o filme foi exibido e as reações das pessoas foram gravadas.




Vitória C. J.

Sweet Dreams are made of this!

Sob o modelo de um videoclipe, os trailers foram criados para anunciar um filme de cinema, e este blog comentará sobre eles, aliás, que outro meio motiva mais o espectador do que o próprio trailer?

Escolhendo cenas de impacto, frases com efeito superpostas às cenas ou a um narrador, o trailer tem como objetivo atrair a atenção do público alvo para que este tenha um interesse e uma curiosidade capaz de fazê-lo comparecer na semana de estréia do filme. E sendo este um objeto de trabalho e de marketing, alguns trailers que lançam na mesma semana têm até mesmo que competir entre si. Tudo para atrair você e fazer com que sente-se na poltrona com os olhos na grande tela.

Expondo alguns trailers conhecidos, recentes, ou até mesmo pouco falados, comentaremos sobre eles com base em nossos próprios conhecimentos e com os textos lidos na área de Comunicação, os comparando aos filmes que eles mesmo anunciam e buscando criar no leitor deste blog uma visão diferenciada deste poderoso meio.