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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Welcome to HELL

Sob a adaptação do argentino e brasileiro Hector Babenco, e com a parceria de Marco Antônio Braz, Hell é uma peça baseada no romance de mesmo nome da escritora francesa Lolita Pillie. Uma peça intensa que retrata os comportamentos de uma juventude de Paris rica, mas vazia pelo excesso. Um retrato que atinge não apenas um país do globo, mas o mundo inteiro, revelando o consumo excessivo desses jovens que não preenchem suas vidas com nada que vale a pena, apenas com sexo, drogas, roupas de grife e álcool.

Com a belíssima atuação de Bárbara Paz, protagonista da peça (Andrea), e de Ricardo Tozzi, o homem que ama, adentramos no mundo das futilidades e do consumo excessivo investido pelo capitalismo crescente de nossa sociedade, nos fazendo refletir sobre as questões que trata, e também nos maravilhar com a essência transmitida de forma criativa e altamente competente. Vale a pena conferir!



Foto: Paulo Weiner


Até 19 de Dezembro, de quinta à domingo às 20:00
Teatro popular do SESI
Avenida Paulista, 1313 - Metrô Trianon-Masp (Cerqueira César)
Tel: (11) 3333-7511

Ingressos R$:10,00 (inteira), R$:5,00 (meia)
Entrada Franca nas quintas e sextas-feiras (retirando os ingressos na data desejada)

Ficha Técnica:
Adaptação - Hector Babenco e Marco Antônio Braz
Direção - Hector Babenco
Co-direção - Murilo Hauser
Elenco - Bárbara Paz e Ricardo Tozzi
Concepção de Imagem - Giovanni Bianco
Cenografia - Felipe Tassara
Iluminação - Beto Bruel
Realização - HB Filmes Ltda, e SESI-SP


Perolla

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O Inspetor Geral

Nicolau Gógol, ucraniano, nasceu pouco depois da Revolução Francesa e, portanto, viveu numa época de conflitos, principalmente no Império russo do Czar Nicolau I. Em 1836, Gógol escreveu para o teatro a peça O Inspetor Geral, que não foi recebida bem, isso por que a corrupção e a mediocridade dos políticos e administradores públicos nunca havia sido exposta no teatro antes, e O Inspetor Geral só não sofreu maiores censuras devido a proximidade entre o escritor e o Czar da Rússia.
Gógol não pretendia ser um ativista político quando escreveu tal peça, ela apenas pretendia seguir as palavras de seu poeta amigo, Púchkin, “Crie personagens russas, personagem da nossa casa, como nós! Percorra nosso país, em todos os sentidos, tão vasto; quanta gente respeitável, quantos espertalhões que pertubam a vida de tantos e nenhuma lei os pune! Que toda a população possa reconhecer! Que todos riam deles! Oh, rir é uma grande coisa! O homem não teme nada quando ri!”. Foi assim inspirado que Gógol escreveu o Inspetor Geral, que nos dias atuais já sofreu diversas adaptações. Uma delas foi a que assisti.  
Na peça é contada a história de um vilarejo que receberá a visita do Inspetor Geral. Apavorados com a idéia de que um representante público superior poderia descobrir os podres da cidade, todos seus administradores, prefeito, juiz, diretor do hospital, chefe da escola, entre outros, se reúnem para tramar um meio de distrair o Inspetor Geral, e, assim, afastá-lo de seu objetivo principal, inspecionar. É quando surge na cidade um viajante chamado Ivan Aleksándrovitch Khlestakov, ele se vê no meio de tal situação e decide tirar proveito da mesma, logo, começa a se passar pelo Inspetor Geral. Criando uma confusão generalizada, principalmente quando o verdadeiro Inspetor Geral chega na cidade.

Todo este roteiro foi feito de modo que a fosse exposta ao pública uma história hilária que ao mesmo tempo era considerada uma crítica à impunidade, à delação, à corrupção, entre outros.
A peça apesar de conter todos os princípios clássicos do roteiro original, foi transferida para os dias atuais, assim, figurinos e cenários eram bastante contemporâneos, como também eram as linguagens utilizadas pelos atores.
Infelizmente o espetáculo não está mais em cartaz. A peça teve curta duração, foram apenas seis apresentações, nos dias 20, 21 e 22, as 19horas e as 21horas, no Teatro Macunaíma.

Ana Luiza Casali.

"Ligações Perigosas"

Ligações Perigosas se passa na sociedade francesa do fim do século XVIII e gira em torno da vingança da Marquesa de Merteuil contra seus amantes. A história se inicia com Marquesa de Merteuil pedindo a Visconde de Valmont que seduza a garota virgem, Cécile, --filha de sua prima Madame de Volanges -- simplesmente para vingar-se de seu antigo amante Gercourt -- comprometido a ser casar com a menina. Valmont, porém, se recusa, pois está mais interessado em buscar o amor de Madame de Tourvel. Ele quer conquistá-la para, ao vê-la largar tudo que lhe é precioso para ficar com ele, ele poder abandonar não só Madame de Tourvel, mas a paixão – esse sentimento terrível -- que sente por ela.  Mas a Marquesa de Merteuil promete a ele uma última noite de amor como recompensa, Valmont então aceita seduzir a jovem Cécile. Valmont tem uma personalidade tão má quanto à de Merteuil, entretanto se revela menos inteligente, pois só ao fim percebe também ser vítima da trama maligna da Madame de Merteuil, pessoa na qual sempre confiou.
O espetáculo é uma adaptação de Christopher Hampton do livro homônimo de Pierre Choderlos de Laclos (1741-1803). Hampton também foi o responsável por adaptar o romance ao cinema. O filme conquistou três Oscar – de melhor roteiro adaptado, melhor figurino e melhor direção de arte --, com direção de Stephen Frears.
Aqui no Brasil a peça tem direção de Mauro Baptista Vedia e elenco composto por Maria Fernanda Cândido – em seu primeiro papel de vilã, a Marquesa de Merteuil --, Marat Descartes, como o pilantra Visconde de Valmont; Sabrina Greve, interpretando Madame Tourvel; Chris Couto, como a Madame de Volanges; Laura Neiva -- a queridinha de Heitor Dhalia --, no papel de Cécile; Clara Carvalho, Ricardo Monastero (Darceny), Camila Czerkes, Ivan Capúa e Julio Machado.
Marat Descartes e Maria Fernanda Cândido.
Foto de João Caldas.

A melhor atuação de todas foi sem dúvida a de Marat Descartes, que interpreta o Visconde de Valmont. O ator deu um toque cômico ao personagem, cujas falas picantes e irônicas ficaram ainda mais interessantes e divertidas. E apesar de alguns críticos verem nisso algo negativo – já que originalmente esse personagem é marcado muito mais por sua sedução e cinismo – foi isso que fez com que a peça não ficasse cansativa.
O cenário e figurinos do espetáculo também estão de parabéns. Eles funcionaram bem para ambientar a sociedade de época. Ao longo da peça o cenário sofre algumas pequenas modificações, também buscando dar agilidade à história.

Onde:
Teatro FAAP
Rua Alagoas, 903, Consolação
Telefones: (11) 3662-7233, (11) 3662-7234
Quando:
Sexta: 21:30h
Sábado: 21:00h
Domingo: 18:00h
Até abril de 2011
Quanto:
Sexta e domingo: R$ 70 ((estudantes, aposentados e maiores de 60 anos: R$ 35)
Sábado: R$ 80 (meia: R$: 40)
Vitória

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

"O Amor e Outros Estranhos Rumores" - Entrelinhas

Como pedido de nossa professora de Literatura e Dramaturgia, Sandra Nunes, venho repetir o tema do post do dia 11 de Novembro que trata da peça "O Amor e Outros Estranhos Rumores" que estreou em São Paulo do dia 16 de Outubro ao dia 28 de Novembro. Lembrando que a peça é baseada em três contos de Murilo Rubião - "O contabilista Pedro Inácio", cujo personagem faz as contas de quanto lhe custou suas decepções amorosas; "Bárbara", do marido que é obrigado a viver junto de uma mulher insatisfeita e cheia de desejos ilimitados; "Godofredo", que conta a história de um homem perdido entre o casamento e a solidão.



Diante da história da peça que já foi citada com detalhes aqui mesmo no 'Sessão Trailer', comento um pouco sobre o escritor dos contos. Com o nome de Murilo Eugênio Rubião, nascido em Carmo de Minas em 1º de Junho de 1916 (Belo Horizonte - MG), nosso escritor começa seguindo um percurso diferente. Formando-se em Direito em 1942 e sendo seduzido pelo jornalismo, tornou-se redator da 'Folha de Minas' e diretor da 'Rádio Inconfidência', lançando seu primeiro livro de contos, "O ex-mágico", apenas em 1947 quando já tinha alguns anos de experiência e muito contato com a leitura. Estreou outras obras como "A estrela vermelha" (1953), "Os dragões e outros contos" (1965), "O pirotécnico Zacarias" (1974), "O convidado" (1974), "A casa do girassol vermelho" (1978) e "O homem do boné cinzento e outras histórias" (1990), vindo a falecer em 16 de Outubro de 1991 com suas obras a serem consideradas a manifestação mais significativa da literatura fantástica no Brasil.

Sendo tais obras do gênero fantástico vemos que as narrativas de Murilo Rubião escolhem o insólito não para negar a realidade, mas sim para que a apresentem de outra maneira, através de uma magia que busca a fé dramática e a verossimilhança para compartilhar o mundo fantástico do autor com o leitor, ou no caso da peça adaptada por Silvia Gomez, com o espectador.


"Muito poderia contar das minhas preferências, da minha solidão, do meu sincero apreço pela espécie humana, da minha persistência em usar pouco cabelo e excessivos bigodes. Mas, o meu maior tédio é ainda falar sobre a minha própria pessoa."
Murilo Rubião, escritor e jornalista.

Voltando com novas informações sobre a peça informo que terá uma nova temporada para quem ainda não viu e tem curiosidade de ver, que será do dia 14 de Janeiro ao dia 13 de Fevereiro de 2011, no Teatro TUCA (R. Monte Alegre, 1.024 - Perdizes) de sextas e sábados às 21:30, domingos às 19:00. O valor do ingresso é R$ 30,00 com desconto para estudantes, maiores de sessenta anos e aposentados. Vale a pena conferir! O belíssimo trabalho em equipe do Grupo 3 de Teatro fará você e sua família se divertir muito.

Perolla



terça-feira, 30 de novembro de 2010

O BLOG


Já estamos no fim do semestre e também está acabando a disciplina de Comunicação e Hipermídia da nossa faculdade, para a qual inicialmente montamos este blog. 
Nosso trajeto até agora no ‘Sessão Trailer’ foi bastante construtivo em diversos aspectos, não só passamos a conhecer um pouco mais de teorias sociais dentro do sistema comunicacional com o qual estamos nos especializando na graduação, que é em cinema, como também passamos a descobrir informações sobre trailers.
Como um blog acadêmico, podemos dizer que foi não só interessante desenvolvê-lo pesquisando e trocando informações sobre nossos assuntos prediletos, como também divertido e gratificante. Também esperamos que o blog tenha alcançado seu propósito de informar e divertir nossos leitores.
Nosso assunto parece interessar a diversas outras pessoas que visitam nosso blog com freqüência. Temos um maior público brasileiro, talvez pela linguagem usada, mas temos também um público americano.   
Provavelmente a Vitória vai seguir com o blog. A Perolla pretende fazer um blog pessoal de assuntos variados, e assim que ele estiver pronto, ela põe o link aqui para vocês.
Obrigada pelos acessos, tomara que vocês tenham gostado!
Um beijo das PIPOCAS AMARGAS.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Democracia digital

Apesar de estarmos vivendo em uma era digital mais intensa do que jamais houve, marcada pela rapidez e instantaneidade principalmente na esfera da informação, essa realidade é constituída de um paradoxo. Ao passo que as tecnologias da comunicação oferecem, mais do que nunca, potencial para exploração cultural, econômica, informacional, educacional, entre outras; elas também se concentram nas mãos de poucos. Ou seja, embora a priori ela seja democrática, na prática ela está mesmo sob uma dominação.  
Como tantos outros problemas, que estamos cansados de saber – nas áreas de educação, saúde, transportes, etc -- esse também advém de entraves econômicos, e também deve ser pensado como direito do cidadão. Essa visão é defendida por Sérgio Amadeu da Silveira, o qual apóia a abertura do espectro eletromagnético como solução ao acesso digital restrito.
O espectro eletromagnético é o conjunto de faixas de radiofreqüência, utilizadas principalmente nas difusões em rádio, TV e sistemas via satélite. No Brasil, ele é controlado pelo Estado e seu uso é administrado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), fazendo com que haja uma grande concentração na dominação e uso dos meios de comunicação digitais, por causa também de seu alto custo. “No Brasil, o megabit chegou a ser vendido por R$ 716,50 por mês, em 2007”, sendo que nos EUA pagava-se mais ou menos R$ 12,75.
Obra de Pedro Paulino (Tokamak Project)

A abertura do espectro (open spectrum ou commons) significaria retirá-lo desse poder privado e oferecê-lo ao uso comum e livre de forma gratuita.
Algumas cidades brasileiras, Quissamã (RJ), Sud Minnucci (SP) e Tapira (MG) -- citadas no texto de Silveira (“Espectro aberto e mobilidade para a inclusão digital no Brasil”) – já seguem esse modelo e registraram um aumento do uso à internet de, em média, 14 vezes (em 2009), comparado ao ano anterior da implantação da rede gratuita.  
“O modelo baseado nos commons é tecnicamente viável e pode ampliar a diversidade cultural. Pode ainda reduzir os custos da comunicação, incentivar a produção local e a descoberta de novos usos e o desenvolvimento de interfaces de comunicação wireless.
Mas sua implementação não é tão fácil assim, à sua dominação do espectro o Estado costuma usar como desculpa o tragedy of commons -- uma anarquia e desequilíbrio no uso das faixas de radiofrequência. O que eles não entendem é que as novas tecnologias são cada vez mais capazes de possibilitar o uso simultâneo de uma mesma onda por diferentes pessoas e de minimizar ruídos na comunicação, o que significa que essa devastação e descontrole não é simples assim de acontecer, como uma explosão de uma bomba em segundos. Afinal, a era analógica já ficou para trás, é uma pena que a burocracia não tenha ficado também. 
Vitória    

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Créditos

Este post no blog "chata de galocha", sobre a mistura TV-cinema-internet, que me inspirou a escrever sobre o hibridismo das mídias. Lá há exemplos de algumas séries de TV que têm se utilizado de técnicas do cinema.
Vale a pena ler. Aliás, o blog todo é bem legal, especialmente para as meninas!
Vitória